Estes ensinamentos têm sido anunciados de forma equivocada, trazendo muitas contradições e levando muitas almas a se desviarem da verdade do evangelho. Afinal, devemos ou não dizimar, devolver ao Senhor dez por cento do que ganhamos com nosso trabalho? Devemos fazer ofertas a Deus?
O dízimo foi dado por Abrão quando regressava da matança dos reis (Gênesis 14:20 e Hebreus 6:2), e ele o fez voluntariamente entregando o dízimo de tudo a Melquisedeque (Gênesis 14:18 a 20), e de lá para cá, passando por Gênesis. 28:22; Levítico 27:30; Números 35:1 a 8; 2 Crônicas 31:2 a 6; 2 Crônicas 31:12; Neemias 13:10 a 12; Amós 4:4; Malaquias 3:7 a 12, e tantas outras passagens bíblicas, vemos claramente o mandamento para que o povo Israelita devolva o dizimo.
No entanto, no Novo Testamento no sangue do Cordeiro de Deus vemos que não existe mais essa obrigatoriedade legal, porque se antes o homem precisava praticar toda a Lei, hoje tudo se fez novo e o preço da salvação foi pago pelo sacrifício de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, de forma que a pessoa que aceita Cristo é nova criatura, vivendo não mais na carne, mas, sendo renascido da água e do espírito, vive uma vida espiritual de sinceridade e amor sem as obras da Lei, mas pela lei de Cristo.
O dízimo passou a ser obrigação na dispensação da Lei porque os Levitas, não tendo recebido terras como herança porque foram incumbidos de zelarem da Lei, viviam dos dízimos das outras onze tribos de Israel, e a Lei condenava como ladrão quem não devolvesse o dízimo.
Malaquias 3:8: Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.
9: Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.
Hoje a salvação não depende mais de se praticar as obras da Lei, porque já não temos mais pecados pelo novo nascimento da água e do Espírito, onde recebemos o Nome do Senhor Jesus Cristo no batismo, alcançando salvação pelo sacrifício dEle e pela misericórdia de Deus, não havendo necessidade de fazer mais nada para sermos salvos, apenas passar a viver da forma como Ele nos ensinou porque o sacrifício de Cristo é suficiente para purificar. Exemplos maravilhosos da vida cristã estão relatados em Atos 2:42 a 47 e Atos 4:32 a 37.
Nesses exemplos todos tinham tudo em comum, e tudo era “depositado” aos pés dos Apóstolos, e tinham comunhão. Ora, se era assim fica evidente a desnecessidade de devolver o dízimo, que não era mais necessário porque todos passaram a viver como zeladores da Palavra de Deus, portanto, todos passamos a viver do evangelho porque nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra da boca de Deus. (Lucas 4:4).
No entanto, é importante que entendamos que este conhecimento não é de todos, porque vemos muitas denominações ensinando que é necessário dizimar, e os irmãos ficam temerosos crendo que não serão salvos se não derem o dízimo.
A verdade, porém, é que a nova aliança no sangue de Cristo nos ensina que não há mais a obrigação de dar dízimos, mas podemos, e devemos contribuir por amor e pela direção do Espírito Santo, e não com aquela quantia de dez por cento, e ainda por obrigação, mas sim com o quanto o Senhor nos dirigir a fazer, ou seja, com quanto cada um receber de Deus a orientação para cumprir e fazer.
2 Coríntios 9:7: Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
1 Timóteo 6:17: Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;
I João 3:17: Quem pois tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele a caridade de Deus?
A contribuição, além de ser voluntária e feita com amor e alegria, deve ser conforme cada um sentiu em seu coração, e deve ser usada para ajudar aos irmãos necessitados, para ajudar também aqueles que se aplicam em difundir o Evangelho.(2 Coríntios 9:12); (1 Timóteo 5:17-18).
O amor a Deus acima de tudo, e aos irmãos, será demonstrado na medida de nossa fé, e não pela quantia em dinheiro ou bens que entregamos para a Igreja, mas pela nossa disposição em ajudar conforme ensinou-nos o Senhor Jesus, e quem contribui deve fazer por amor, não como um comércio com Deus esperando recompensas materiais, mas buscando a salvação de sua alma, a vida eterna.
1 Timóteo 6:10: Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nesta cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Chegamos à conclusão de que, para sermos salvos não é preciso dar o dízimo, mas sim estarmos prontos e com fé para nos entregarmos a Deus por amor e em testemunho do Senhor Jesus Cristo.
Λ & Ω