Deus havia escolhido um povo para Seu nome, para servi-lo e adorá-lo, sendo esse povo os hebreus, filhos de Abraão, portanto, os demais povos não tinham contato com Deus.
O Messias foi enviado por Deus cumprindo Sua Palavra, que de Davi sairia o Messias que reinaria eternamente, e toda a Terra teria salvação, não mais somente os hebreus (Salmo 65:5 – Lucas 3:6).
No entanto, para isso Deus precisava fazer com que a Lei mudasse, e foi o que efetivamente aconteceu quando Cristo, nosso Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, mudou a Lei e abriu as portas da salvação para toda a humanidade, para todos que a desejasse. De outra forma, a salvação continuaria sendo apenas para os hebreus.
Examinando desde o início, temos que quando Deus prometeu a Abrão fazer dele um grande povo (Gênesis 12:2), deu também com essa promessa a certeza de que existiria um povo exclusivo de Deus sobre a face da terra, um povo eleito, escolhido, com quem o Eterno manteria estreito contato (Êxodo 19:5 e I Crônicas 17:22), e esse povo veio da descendência de Abrão, o qual Deus mudou o nome para Abraão (Gênesis 17:5).
Abraão gerou Isaque, e de Isaque vieram Esaú e Jacó, sendo que a primogenitura era de Esaú, e pela ordem divina somente o primogênito deveria receber a benção de continuar o cumprimento da promessa (Gênesis 25:31 a 34).
Jacó, no entanto, instruído por sua mãe, acabou por comprar o direito de primogenitura de Esaú, e enganou seu pai Isaque vestindo-se com as roupas de seu irmão Esaú, o que fez com que seu pai o abençoasse pensando que abençoava o primogênito, e assim, a benção que era para Esaú foi sobre Jacó, e Deus honrou Sua promessa fazendo vir a Jacó doze filhos, os quais se tornaram a nação eleita, o povo santo, escolhido para continuar o contato íntimo com Deus e receber a salvação, o perdão dos pecados, enquanto que o restante da humanidade continuaria sem Deus.
Deus manteve sua promessa mesmo tendo Jacó enganado seu irmão, porque Esaú foi profano e vendeu seu direito de primogenitura, demonstrando não dar nenhum valor ao que era divino. “E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura.” Hebreus 12:16
O nome de Jacó foi também mudado para ISRAEL (Gênesis 35:10), e o sinal que Deus havia dado a Abraão para distinguir os filhos de Deus dos filhos dos homens, além da descendência carnal, foi a circuncisão, de modo que somente eram filhos de Deus os nascidos de Abraão, ou de seus descendentes carnais, chamados hebreus, os quais tinham a circuncisão como sinal de serem povo de Deus (Gênesis 17:10).
A pessoa, portanto, para ser participante da “Nação Escolhida” deveria ser descendente de hebreus e circuncidado ao oitavo dia, e assim Deus elegeu uma nação para entregar suas Leis e Estatutos, um povo que o adoraria da forma que convinha, a qual recebeu o nome de Seu servo, o patriarca Jacó, sendo posteriormente mudado seu nome para ISRAEL. (Êxodo 8:23 e Deuteronômio 26:19).
Vindo JESUS CRISTO especialmente para os filhos de ISRAEL, estes O negaram (João 1:11), e por isso o CRISTO ordenou aos apóstolos, e a todos os demais servos que eram fiéis a Ele, que por não ter sido aceito pelo Seu povo carnal, os quais não O receberam como Rei e Senhor, que a salvação, a filiação, a herança e o contato com Deus, fossem acessíveis a todos os homens, conforme a promessa. (Mateus 28:18 ao 20; Marcos 16:15 e 16; Lucas 24:46 e 47; Atos 1:8; Atos 18:6 e etc.).
Para que essa promessa tivesse validade na vida de todos os que aceitassem a Lei de Cristo, eles deveriam crer e ser batizados para que pudessem ser salvos, e serem chamados Filhos de Deus, recebendo gratuitamente a salvação e o selo do Espírito Santo que procede do Pai, o qual Ele dá a todos que obedecem aos ensinamentos do Mestre, registrados pelos apóstolos e demais servos, o Evangelho de Jesus Cristo.
Vemos com isso que nos tempos de Abraão, nos tempos da Lei e dos Profetas, para que a pessoa fosse considerada pertencente ao povo escolhido, à nação eleita, era necessário que ela nascesse de pais hebreus e que, sendo homem, fosse circuncidado, por isso a promessa era para a carne e pela carne, ou seja, por descendência e sinais carnais, porém agora, por Jesus Cristo, podemos ser filhos de Deus e herdeiros da promessa que foi feita a Abraão apenas pela fé, quando recebemos o sinal espiritual que é o Espírito Santo em nossas vidas, não sendo necessário vir da descendência carnal, ou receber sinal na carne, mas tudo agora é espiritual.
O sinal do cristão, aquela pessoa que aceita o sacrifício de Jesus Cristo e O obedece, é o amor, sendo o batismo a primeira exteriorização dessa entrega, e por ele, que simboliza o novo nascimento pela água e também pelo Espírito Santo (João 3:5 e 6), nos tornamos Filhos adotivos de Deus e servidores de Cristo, por isso que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino celestial, porque não é herdeiro, não é filho adotivo de Deus conforme nos mostra a Sua Palavra.
A realização do batismo não é só importante, mas necessária (Atos 10:47) (Atos 8:36), por isso ele realmente salva a todos aqueles que, com sinceridade, amor e fé aceitam o sacrifício de Jesus Cristo, o qual deu Sua vida para pagar pelos nossos pecados, e se nascemos de novo somos uma nova criatura e devemos viver como Cristo viveu, fazendo as obras do Espírito Santo e não mais as da carne (Gálatas 5:22), porque se vivermos segundo a carne não teremos a vida eterna em nós mesmos (Gálatas 6:8).
O povo eleito materialmente buscava uma terra prometida que manava leite e mel (Deuteronômio 26:9), mas o povo que tem seus pecados apagados pelo sacrifício de Jesus Cristo vive espiritualmente, e busca uma nova Jerusalém, um novo Céu e uma nova terra onde habita a Justiça, reina a paz e a vida eterna (II Pedro 3:13; Apocalipse 21:1 e 2; Apocalipse 3:12).
Portanto, agora não existem mais dois povos de Deus – hebreus e gentios – mas dos dois Deus fez um (Gálatas 6:15; II Coríntios 5:17), e todos podem participar desta nova aliança, deste novo concerto, deste novo testamento e herdar a vida eterna (Marcos 14:24) (Mateus 26:28) (Hebreus 9:15) (2 Coríntios 3:6).
Deus dê sabedoria e entendimento para que compreendamos a necessidade do batismo, que é o novo nascimento, a nova vida em Cristo, pela qual crucificamos a nós mesmos para termos Cristo em nós, esperança de vida eterna.
“Marcos 16:16: Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
“Atos 19:5: E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.”
“Romanos 10:9: A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”
“Gálatas 3:27: Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.”
O batismo não é somente importante, mas necessário. Seja, portanto batizado da forma que nos ensinaram ao apóstolos, que você poderá ver e aprender na título “O BATISMO”. Deus abençoe.
